quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Obrigada, Pedro.


Um certo dia, quando este blogue tinha ainda muito pouco tempo de vida e eu mal conhecia 10% das suas funcionalidades - coisa que hoje em dia não é muito diferente - reparei lá naquela área onde diz "visualizações" que tinha tido centenas num curtíssimo espaço de tempo. Achei aquilo tão estranho, que desvalorizei pensando que seria um vírus.

Passadas umas horas as visualizações continuavam a aumentar e começavam a cair likes na página de facebook. Foi nesta altura que pensei: "Bem, isto é gajo para ter algum fundamento... às tantas vou perder aqui algum tempo a ver se percebo de onde veio esta maralha toda assim de repente sem avisar". 

E foi assim que percebi que aquele "arrastão" chegou cá porque o Pedro Rolo Duarte tinha atribuído ao "Caco de Mimo" o galardão de "Blogue da Semana". Fiquei tão histérica que liguei às minhas amigas - as que sabem quem é Miss Caco - a contar e a achar que chegara finalmente a altura de mandar tudo às urtigas e preparar-me para ter dezenas de paparazzis à porta a pagar-me 3.000 mil euros por entrevista, emigrar para as Bahamas e assim passar o resto dos meus dias sem fazer nenhum. Bom, é certo que isso não aconteceu, mas o galardão do Pedro passou imediatamente para o topo do meu blogue e dali já ninguém o tira.  

Não conheci o Pedro pessoalmente. Apenas me cruzei com ele em alguns eventos e troquei umas palavras de agradecimento pela simpatia das suas palavras, ao que me respondeu de forma bastante amável. 

A parte profissional do Pedro é conhecida de todos e sobre isso, é inegável o brilhante percurso que construiu. Apesar de nos seguirmos nas redes sociais, nunca percebi que estava doente. Ou melhor, ele nunca deu sinais. Percebia-se, isso sim, o enorme amor e orgulho que tinha no seu filho.

O Pedro morreu há dois dias, mas só agora consegui vir cá falar sobre isto. Foi este blogue que de certa forma nos fez cruzar, e vai ser este também o meio que vou usar para, desta vez, ser eu a prestar-lhe homenagem.

Obrigada, Pedro.

Até sempre.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Quando os Natais deixam de ter luz.


 Dizem que é "fatal como o destino" e, a bem da verdade, de facto, é. 

Tenho 43 anos e sempre vivi a chegada do Natal com a alegria e euforia que a data merece. Para trás ficaram os anos em que era a festa dos presentes - desses já nem me lembro assim tão bem - e já há bastante tempo que, para mim, é apenas a Festa da Família. E isso é o mais importante.

Talvez por ter vivido algum tempo fora do país e, naturalmente, longe de casa, tenha aprendido a valorizar os dias partilhados com eles. Sei bem o valor da palavra Saudade.

A minha família é pequena. Acho até que é mesmo muito pequena. Os Natais em que tivemos mais gente à mesa nunca ultrapassaram as 13 cadeiras, ainda que eu não apreciasse a ideia desse "fatídico" número na mesma mesa.

No ano passado, por esta altura, já estava a fazer listas de presentes, a planear os dias de férias, a programar as idas ao norte nos últimos fins-de-semana do ano, para ir levando as prendas aos bocados, pois na mala do carro não cabia tudo de uma só vez. Provavelmente é o que a maioria de vocês também anda a fazer.

Aproveitem bem esta data. Mimem a família que têm e tratem-na bem. Cuidem dela. Vivam esta época com todo o amor que ela merece, porque a paz e a harmonia que a caracteriza não vai estar eternamente presente nos restantes 24 de Dezembros das vossas vidas.

Pela primeira vez, chego ao dia de hoje sem querer ouvir falar em presentes, sem saber onde vou passar o Natal, nem ao lado de quem. Sei apenas que, infelizmente, já não seremos os "fatídicos 13 à mesa" e que vai ser uma noite emocionalmente difícil de digerir. 

Há dias, já não sei bem onde, li uma teoria estapafúrdia que dizia que os os adultos tinham filhos para se rirem. Uma absoluta parvoíce, é certo. Mas a verdade é que, de certa maneira, neste Natal, eu sei que é no meu filho que vou buscar as forças para disfarçar o medo e a angústia da fase que estou a viver.

Se calhar, bem lá no fundo, é também isto que significa a dura "Lei da Vida".

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Obrigada, Mattell!!!


Já devem ter ouvido falar na última iniciativa da boneca mais famosa do mundo que decidiu homenagear mulheres portuguesas que tenham protagonizado "grandes feitos a nível nacional". Vai daí, toca a criar réplicas do mulherio digno desta distinção, oferecendo-lhe uma Barbie personalizada. 

Pois a minha acabou de chegaaaaaaaarrrrrrr!!!! Iuuuuupppiiii!!!! Não fiquei linda???!!??

Sempre soube que um dia alguém iria valorizar a minha capacidade de imitar a Nicole Kidman a bater palmas, daquela forma estranha na última edição dos Óscares. 

Entretanto, a Catarina Furtado - que não pode ver nada - ficou fula e não descansou enquanto não encomendou a dela. Cá para nós, mais parece a mulher do Patrick Duffy, na série "Dallas", mas prontos, cada um sabe de si...
Nota de rodapé:

(...)
Mentirinha...
Encontrei no armário da minha sobrinha.
Só não tenho as sobrancelhas pintadas, mas a franja está parecida. 
Já as galochas, são iguaizinhas. 
Juro.