sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Apresento-vos...


As novas embaixadoras da Anjelif: a sorte grande, a terminação e a querida da Helena Isabel.

Que se acuse...


... quem olhar para este cartaz e não pense em coisas porcas menos sérias.

Bem me parecia.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

EU NÃO QUERO SABER DE PIPIS!!!

 
 
Já vou avisando os mais púdicos que hoje é melhor ficarem por aqui, vão até ali à cruzinha do canto, cliquem e sigam as vossas vidas como se isto não tivesse acontecido. O resto, se não tiver medo de ficar traumatizado, pode ficar para ouvir.
 
O que vou contar prende-se com o meu mais recente inferno desafio: o regresso ao ginásio.
 
Pois na semana passada, ao chegar ao balneário depois de uma hora de castigo, dirijo-me ao meu cacifo e percebo que, surpreendentemente, mais de uma dezena de mulheres decidiram fazer o mesmo, sendo que o resultado era uma data de mulherio a despir-se e a vestir-se num mísero metro quadrado. 
 
Para as mentes masculinas, isto será certamente o nirvana do regabofe, mas para nós, mulheres, era só arranjar meia dúzia de ciganas e num piscar de olhos transformava-se na feira de Custóias. Ainda hesitei se deveria tentar enfiar-me ali no meio da galinhagem ou fazer outra coisa qualquer mas, de repente, no estado miserável em que me encontrava, não me ocorreu nada melhor para fazer do que tirar aqueles trapos suados e enfiar-me no primeiro chuveiro que encontrasse.
 
Assim fiz. Agarrei em mim e tentei encolher-me o mais possível para caber no pouco espaço que me restava. Ao meu lado, tinha gajas aos molhos - umas suadas, outras de banho tomado, umas gordas, outras magras, umas de slips, outras de cu ao léu. Enfim, de tudo, como na farmácia. Vai daí, decido sentar-me nos 3 cm de banco disponíveis, ao mesmo tempo que fazia acrobacias para tentar tirar as tralhas do cacifo. Se conseguem imaginar a cena, estando eu sentada, o meu campo de visão esbarrava precisamente com a zona dos pipis de quem estava de pé.
 
Pois eu não faço ideia qual é o vosso comportamento nestes ambientes, mas quando me dispo em lugares públicos - coisa que felizmente não é assim tão frequente - não gosto de andar para ali propriamente a badalar o berbigão pelas redondezas.
 
Qual a minha surpresa, quando a fulana que estava imediatamente à minha frente, pelada como veio ao mundo, decide escarrapachar a pássara na frente dos meus olhos, enquanto discutia alegremente o tom da base com a colega do lado. Inicialmente pensei: vou fingir que isto não está  acontecer e continuo nesta espécie de treino para o Cirque de Soleil, mas sem respirar. Rapidamente percebi que era tarefa inglória. Não só porque tinha um pipi a rir-se para mim a um palmo do meu nariz, como aquilo não era um pipi qualquer.
 
Digamos que era mais um mexilhão, daqueles que se apanham nos mares do caranguejo real do Alasca. Uma coisa nunca vista. Gigantesca. Digna de um documentário no National Geographic. Na verdade, não era bem só um mexilhão. Eram dois mexilhões. Dos grandes. Não, dos gigantes. Tamanho XXXL. Daqueles que nos questionamos como é que ela consegue correr sem tropeçar neles.
 
Com muito esforço, lá consegui despir-me, enfiar-me no chuveiro - de água fria a ver se apagava aquela imagem da cabeça - e vim à minha vida. Felizmente recuperei e, até ver, ainda não tive pesadelos com pipis gigantes a correr atrás de mim até me atirar no primeiro penhasco que encontro, mas confesso que tremo só de pensar na ideia de voltar ao balneário.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Digam olá ao Senhor Castanha!

 
Baby Caco levou um amigo novo para o magusto de hoje no infantário. Para quem tem curiosidade em saber, aqui ficam os ingredientes deste momento DIY: 
 
- cartolina em cor amarela torrada (porque não tinha em castanho)
- tesoura para recortar os olhos, a boca e o chapeú, todos em cartolina de outras cores (a tampa do iogurte serviu de molde para recortar os olhos)
- cola para aplicação
- tampa de iogurte para fazer o nariz
- fita cola para colar o nariz porque a cola não vale um chavelho e hoje de manhã o nariz já estava caído no chão;
- rafia preta para fazer o bigode.
 
Preparação:
 
Corta-se todos os elementos no escritório e leva-se para casa. No fim do jantar, dizemos: "Baby Caco, bora fazer uma castanha para levares amanhã à festa das castanhas?!!?"
 
Baby  Caco (convencido de que aquela ideia surgiu naquele preciso momento): "Chiiiiimmmmmmmm!!!!" (Baby Caco fala um bocadinho "chopinha de macha").
 
Sentámo-nos à mesa, escondi todos os elementos soltos na cadeira ao lado e deixei apenas a "base" da castanha, enquanto dizia: "Isto é uma castanha!!! Agora o que falta na castanha?!?".
 
Ele olhava para mim pasmado, enquanto certamente pensava que a mãe tinha endoidecido de vez.
 
Eu continuo: "Na cabeça? O que falta na cabeça? O que é que as pessoas põem na cabeça??!?"
 
Baby Caco sorri e permanece em silêncio. Por esta altura já tinha confirmado a suspeita anterior. 
 
Eu: "As pessoas na cabeça metem chchchchch......." (repetir o som até que se faça luz na pequena cabecinha).
 
Baby Caco: "Chapéus!!!!!!"
 
Este é o momento em que gritamos: "Siiiimmmmmmm!!!!" e, por golpe de magia, tiramos o chapéu que estava escondido na cadeira ao lado. Colamos o chapéu e prosseguimos o enredo:
 
"Agora, depois do chapéu, o que falta na cara da castanha?!?"
 
O procedimento mantém-se. Silêncio. Apontamos para os nossos olhos. Depois para os dele.
 
Baby Caco: "Ojolhos!!!!!"
 
E por aí fora até a obra estar completa. Fácil, não é?
 
Ora essa. Não têm de agradecer.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Sobre a perda.

 
Ontem morreu o avô da minha colega de trabalho que é também minha amiga. Hoje é certamente um dos dias mais infelizes da vida dela, da mesma maneira que há pouco mais de um ano foi também um dos meus, pela mesma razão. 
 
Ontem descobri também, por um acaso, um texto lindo sobre aquilo que descreve - a meu ver numa perfeição desconcertante - o que é a perda e como deve ser sofrida. Alguma vez na vida, todos esbarramos com ela. É inevitável. Seja por uma morte, uma separação ou um divórcio, mas à dor da perda, talvez das mais difíceis de suportar, é impossível fugir.
 
É também por isso que quero partilhar este texto brilhante. Porque não há consulta de terapia que nos explique melhor o que está a acontecer dentro de nós e como é que isto se combate. Como é que se faz para não deixarmos que nos derrube. Porque não há um comprimido que ajude a passar. Porque os amigos consolam-nos mas não curam. Porque não há copos ou jantares que nos façam esquecer a ausência por um minuto que seja. Porque dói muito quando nos deitamos a querer esquecer e acordamos a não querer lembrar. Dias. Semanas a fio. Porque não conseguimos parar a catadupa de perguntas que colocamos em busca de respostas que nos sosseguem, que nos expliquem o porquê de aquilo estar a acontecer.
 
E sobretudo porque é preciso aceitar que a perda (seja ela de que natureza for) não se supera em dias. Não passa em semanas, nem em meses. Às vezes, se calhar na maioria delas, são precisos anos. E é essencial sabermos que é assim mesmo que as coisas se passam. Que tudo isto é normal. É a ordem natural das coisas. Saber que demora, que dói, que corrói, que leva tempo, demasiado tempo, que vai deixar marcas, mas que um dia, vamos ser capazes de olhar para trás e perceber que ultrapassámos, que conseguimos finalmente respirar de alívio e ter a nossa vida antiga de volta.
 
Machucada, dorida, mas de volta. Que voltamos a ter dias em que não precisamos fazer esforços hercúleos para não pensar. Para não lembrar situações, conversas, datas, mensagens, de forma obsessiva à procura de uma resposta que nunca chega.  Que aquela dor enfraqueceu, perdeu tamanho, apesar de ficar ali, sentada, quieta, como uma velhinha que fica a viver em regime de aluguer vitalício na nossa memória.

Na verdade, há muito pouca coisa que possamos fazer. É um combate duro, violento, arrasador, mas que tem de ser feito por nós e sozinhos, com consciência de que o tempo é o nosso único aliado. É preciso esperar. É preciso saber esperar. E para quem sofre, esperar, só esperar, será sempre um caminho lento, solitário e, sobretudo, demasiado penoso.

"Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar".  
Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Hoje é dia de festa!!


Bem sei que isto tem andado mais morto do que vivo, que, se olharem com atenção, até são capazes de encontrar algumas teias de aranha ali junto ao header, mas como ainda há dois dias atrás era Halloween, confesso que tinha esperança que pensassem tratar-se de decoração, mas enfim... a verdade é que está na hora de voltar à barraca e - como dizia o Chico - meus caros amigos, eu não podia ter arranjado melhor pretexto para regressar em grande, porque a notícia que tenho para vos dar é absolutamente bombástica.
 
E calma. Não é nada relacionado com a candidatura do Marcelo a Belém, com a falta de acordo entre PS, PCP e BE para apresentar uma moção de rejeição ao programa do governo, com o facto do Fernando Pinto ter sido ouvido ontem pela Polícia Judiciária, com a possibilidade dos Pearl Jam actuarem em Portugal em 2016, com o sururu à volta da nova música da Adele ou com a história da outra que largou o namorado só porque lhe deixou fugir o gato.
 
Nada disso. Rufem os tambores. O que venho aqui dizer é muito mais interessante que qualquer um desses fait-divers. Meninas e meninos, senhoras e senhores, bem sei que lá fora está a cair um toró, mas aqui na blogosfera o céu está azul e o sol brilha de contente.
 
Abram a garrafa de champanhe que tinham guardada na arrecadação, lancem confetis, ponham o vossa música preferida aos berros, vistam o vosso outfit favorito, vão para a janela gritar e liguem à melhor amiga a avisar porque a situação assim obriga.
 
Prontos? Então cá vai:
 
O Pés voltoooooooooouuuuuuuuu!!!!!!!!!!!!!