sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Esta coisa das reuniões.

Por estarmos no início do ano é habitual ter mais reuniões com os clientes para fazer o balanço do ano que passou e o planeamento do próximo. Esta semana foram várias, assim todas seguidas só pra desenjoar. A verdade é que foram de tal forma hilariantes que não posso deixar de vir aqui partilhar os vários estilos, de tão caricatos que são.

Ora bem, vamos então ao Estilo nº 1, designado: "ESTOU A TRABALHAR MAS O QUE QUERO MESMO É FAZER AMIGOS":

Esta é aquela reunião em que passamos hora e meia a falar de trabalho, mas depois o cliente acha que afinal o que lhe dava mesmo jeito era fazer amigos e, de repente, esquece-se do que estamos ali a fazer e começa a perguntar pelo cão, pela sogra, a contar os desaires do cunhado e do sobrinho que foi internado por causa do muco que lhe estava a subir para o cérebro. No meio disto, pergunta-nos pelo bebé,  pelo infantário, enquanto nós vemos as horas a passar e percebemos que, graças àquele desgraçado, já perdemos o último autocarro e que vamos ter de pedir rapidamente à ama para ir buscar a criatura, sob pena de não chegarmos a tempo e levar com aquele olhar de fuzilamento da educadora.

Estilo 2 - ESTILO "CUSCO":

O estilo cusco é aquele em que a conversa é toda muito séria, mas, a certa altura, o cliente não se aguenta e começa suavemente a esticar-se nas perguntas, a querer saber tudo da nossa vida, se somos casadas, se temos filhos, onde moramos, ao mesmo tempo que tenta, com muita pouca subtileza, saber a marca do nosso carro, em que zona moramos, chegando ao detalhe de perguntar se é num apartamento ou uma vivenda. É nesta altura que nos apetece perguntar se também vai querer saber qual é a posição sexual que preferimos e se usamos fio dental ou asa delta, assim só naquela de ver se o gajo se enxerga.

Estilo 3 - ESTILO "CONAS":

Esta é aquela reunião em que vem o director de marketing acompanhado das gestoras de produto e, a meio da conversa, começa a mandar-lhes indirectas e recados vários no sentido de as fazer perceber que espera mais delas e que têm de se aplicar na ligação com os parceiros ou no tempo que dispensam com a tarefa Y ou X. Tudo isto sempre a olhar nos nossos olhos, aproveitando a oportunidade para dizer tudo aquilo que não tem tomates para lhes dizer no dia-a-dia pela simples razão de ser um desquilhoado inveterado.

Por fim, o estilo 4 - ESTILO "GOSTO TANTO DE COSTURA QUE ATÉ ME ESQUECI QUE ESTÁS AÍ":

Aquela reunião em que  vem, mais uma vez, o director de marketing e o resto da trupe que trabalha no mesmo departamento e, a certa altura, entusiasmam-se e decidem começar a trocar impressões sobre a raivinha que lhes dá as gajas dos recursos humanos, a falta de carácter do director comercial ou a relação extra-profissional entre o director financeiro e a estagiária da comunicação que só não vê quem não quer e que aqueles encontros prolongados na copa, desde o Natal passado que já cheiram a esturro.Tudo isto enquanto assistimos amorfas e sem qualquer participação na conversa, numa tentativa inglória de que percebam que estão a roubar o nosso tempo e que tempo é dinheiro e que ainda por cima a puta da avença mixuruca que pagam não justifica aquela merda.
Acho que me fico por aqui, embora tenha ideia de que mais meia horinha e lembrava-me de mais meia dúzia de estilos. Todos diferentes, mas igualmente impossíveis de aturar. 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Aos dois anos e um mês...


... decidi cortar pela primeira vez o cabelo a Baby Caco.

Por alguma razão prefiro mostrar-vos isto do que o resultado.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Tenho um encontro marcado.

 
 
Hoje. Aqui. Às 13h00. E não é com estes bacanos. Nem com o cão.
 
Quem estiver mesmo muito aflito por um autógrafo, já sabe. Não se acanhe, é só pedir. Levo umas botas de cano alto castanhas e sou gira que dói.
 
A palavra de código é "Avião", ao que respondo: "Presente".

Coisas que pouco ou nada interessam.

O jornal Metro de hoje diz que cheira a alecrim. Tudo por causa dos novos filetes "Primavera" da Iglo. Tendência recente, esta do marketing olfactivo.
 
Eu cá gostei, apesar de não me parecer o aroma do alecrim. A meu ver é alfazema. Mas que importa? O efeito é o mesmo: fiquei a saber que a Iglo lançou uns filetes e que, depois desta gripalhada toda que me consumiu, já tenho olfacto outra vez. Duas notícias. A segunda agrada-me mais do que a primeira, mas a Iglo certamente compreende.
 
É isto. Se calhar não acrescentei grande coisa ao vosso dia, né? Isto também não pode ser sempre a bombar.
 
Bom dia, sacanitas! 

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Se calhar estava certa.

 
Passei grande parte da infância a brincar num pátio. Era um pátio grande onde cabiam cinco carros e ainda dava para jogar à macaca, saltar ao elástico e brincar aos polícias e ladrões. Tudo ao mesmo tempo.
 
Naquela altura, o mundo dividia-se em dois grupos: nós, as crianças, e eles, os adultos. A pressa para crescer era muita. "E quando passar o verão, já vou para o ciclo", "e quando vier o próximo inverno já faço dez anos", "e no Natal já vou pedir umas botas de cano alto como as da Mónica do 5º B". 
 
Eu era do grupo do Pedro de cabelo preto, da Raquel irmã do Paulo, da Cristina que a mãe trabalhava na cantina, do Zé das sardas e do Paulo que tinha em casa um quadro do menino a chorar e que a mãe usava aqueles óculos com lentes garrafais que nunca nos deixavam ter a certeza se era bem para nós que estava a olhar.
 
Eles, os adultos, eram a D. Fátima, a mãe da Ângela, a D. Mena que falava alto, a D. Constança que morava no apartamento em frente ao nosso e, nunca soube bem porquê, não falava com a minha mãe, e a D. Paula que estava sempre à janela com o rádio ligado. Era um prédio de mulheres, achava eu. Pelo menos, é delas que me lembro.
 
E no meu mundo eu pensava que quando pertencesse aos deles, o dos adultos, o meu nome não ficava bem antecedido de Dona. E dizia em voz alta só para ver a sonoridade. Repetia outra vez e fingia que aquelas palavras saíam da boca de outra pessoa. Se calhar, para ganhar distanciamento. E de todas as vezes achava que o meu nome nunca ficaria bem com a Dona atrás. Se calhar, não fui feita para ser adulta.
 
Hoje também tenho um pátio. Vou lá estender roupa e aguardo que o condomínio tenha dinheiro para fazermos as obras necessárias por causa das infiltrações. É que o pátio é também o tecto da garagem e por isso, o usufruto é meu, mas se houver merda, pagam todos. Tudo o que se quer, portanto.
 
Neste pátio não há lugar para carros, mas dá para desenhar a macaca com giz ou até saltar ao elástico. A única chatice é que agora já estou no outro grupo: o dos adultos. Daqui, o pátio antigo já me parece pequeno, na despensa já tenho algumas botas de cano alto e também já não tenho pressa que o tempo passe. Ainda assim, há coisas que nunca mudam e continuo a achar que o meu nome não fica bem precedido de Dona.
 
Às tantas, estava certa. Se calhar não fui feita para crescer.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

ATENÇÃO!


Bem sei que o Carnaval já foi, mas está um traveca vestido de Júlia Pinheiro na capa da Activa.

Juro que este blogue não vai comentar os vestidos...


 ... (até porque não vi nenhum) mas, verdade seja dita, com ou sem  a vagina vaporizada, esta mulher está irrepreensível.




E o que eu gostava de ter visto os Óscares?


Gostava muito. Assim tipo de zero a cem, gostava para cima de oitenta. Mas não vi.
 
Fiquei na sala a mimar o meu bebé e a tentar curar-lhe uma gripe tramada que me levou a passar o sábado à noite na CUF (Saturday night fever, remember?) e a pôr a minha criatividade ao rubro sempre que tento enfiar-lhe antibiótico pela goela abaixo, sem que acabe tudo em cima do tapete da sala. Mas acabou.
 
De maneiras que a imagem que vêem em cima foi basicamente o que estive a ver enquanto os comuns dos mortais estavam assolapados no sofá a prepararem-se para assistir à grande noite. O programa foi isto e "fuminhos". Calma. Não me refiro a drogas leves. "Fuminhos" é aquilo que lhe digo que vamos fazer sempre que lhe enfio o tubo do nebulizador em frente ao nariz.
 
Com isto não vi um chavelho, mas, apesar disso, assim que acordei, confirmei que a minha querida Julianne Moore que me arrebatou o coração em "Still Alice" levou a estatueta para casa. E eu fiquei contente. É que esta mulher, além de ser um portento, esteve absolutamente irrepreensível num filme comovente daqueles que, em algum momento desta vida, todos deveríamos ver.
 
Quanto mais não seja para valorizarmos aquilo que, na correria dos dias, damos inevitavelmente por adquirido e constatarmos que, por muitos planos que façamos, nada neste mundo é planeado com régua e esquadro e não são poucas as vezes que a vida se encarrega de nos trocar as voltas. Para o bem e para o mal.

Quem - além de mim - não fez planos em Julho do ano passado e chegou a Novembro e constatou que era tudo para mandar abaixo e fazer de novo?
 
Mas não vou falar do filme porque não tenho feito outra coisa nos últimos posts. Deixo-vos só com três palavras: ide, ide ver.  
 
 

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Aquele momento...


... em que almoças canelones com ricota e espinafres e percebes que se te tivessem posto à frente duas listas telefónicas recheadas com 100 grs de pellets, saber-te-ia exactamente ao mesmo.

#p%adegripequenumhámaneiradeirc´ocaral&o#

Agora percebo melhor...


... a corrida aos castings da Casa dos Segredos. É que, parecendo que não, vai-se a ver e ficam com a vida feita.

É vê-los carregadinhos de oportunidades.

Diz que é brutal.

 
... que tem um fim de cortar a respiração, que os atores tocam mesmo de verdade, à séria, que foi filmado apenas em 19 dias (wtf?!?), que é uma história inebriante sobre a busca da perfeição, que a química entre os actores é sublime, que é tão empolgante que dá vontade de ver de novo, que é um dos melhores filmes do ano, que está cheio de twists arrebatadores. Enfim, que não se aguenta de bom.
 
Em "Whiplash" Miles Teller interpreta um jovem baterista que quer ser o melhor do mundo. J.K. Simmons (nomeado para o Óscar de Melhor Actor Secundário) é uma espécie de sargento da música, um professor de jazz altamente rigoroso e exigente, obcecado pela afinação e rigor. A história gira intensamente à volta do duelo entre estes dois personagens.
 
Agora é só esperar pelo próximo fim de semana que vá ao Porto, deixar o pequeno príncipe na avó e alapar-me nas cadeiras dos cinemas do Arrábida Shopping com um pacote de pipocas enfiado no meio das pernas. Calma... não é para fazer nenhuma badalhoquice. É só mesmo para segurar.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ui!!! E a vontade que eu tenho de ir ver as 50 Sombras de Grey...??


... e depois vir aqui opinar sobre o que achei daquela rebaldaria e se o livro é melhor que o filme ou se o filme supera o livro e que aquilo era uma doideira ou se, afinal, até nem era e que aquela história das algemas era brutal e a cena do chicote podia estar melhor e por cima é que era, mas de lado também não estava mal e que afinal por trás é que foi o descalabro e no fundo até coiso e tal? Querem saber?

É... nenhuma.

Pode sempre ser pior.


Cabeça a rebentar: Check.
 
Tosse daquela que nos acorda com dores no diafragma, tal e qual como se tivéssemos passado o feriado a fazer abdominais quando, a bem da verdade, não entramos num ginásio há anos e planeamos continuar a fazê-lo, pelo menos, na próxima década: Check.
 
Resmas de lenços. Paletes de lenços. Auto-estradas de lenços. Renova forever: Check.
 
Dores de garganta ao nível de arrancar dois sisos em pleno trabalho de parto, enquanto nos sacam um tubo do nariz após intervenção de correcção do septo (been there): Check.
 
Corpo num oito. Oito e meio, vá: Check.
 
Em modo "tentar comunicar com clientes exclusivamente por e-mail, ainda que demore dois dias a escrever uma frase e mais dois a confirmar se aquilo que escrevi faz algum sentido": Check.
 
Anti-inflamatório e duas aspirinas e não meto mais nada no bucho porque odeio medicamentos em geral e acho sempre que dou conta do recado sozinha, até ao momento em que me sinto às portas da morte: Check.
 
Se tivesse sido atropelada por uma betoneira estaria certamente com melhor aspecto: Check.

Tentar fazer um ar de que ouvimos o que nos estão a dizer, mesmo sabendo que o nosso cérebro só assimila uma palavra em cada meia hora e depois não saiba o que fazer com ela: Check.
 
Sentir-me às portas da morte: Check.
 
Puta de mania esta de só tomar medicação quando já estou pior do que o chapéu de um pobre: Check.
 
Lema de hoje: Raismaparta se amanhã já não estou boa. 

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Feliz de quem tem a casa arrumada.

 
 
Como, ao contrário do que é habitual,  não tinha nada de interessante para vos dizer hoje, apetece-me deixar-vos com um poema de Carlos Drummond de Andrade. Chama-se "Casa Arrumada".
 
Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.
Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.


Lindo, né?

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Coisas relevantes e outras nem tanto que constatei esta manhã.

 

- Por razões profissionais, passei a manhã numa conferência que decorreu num dos hotéis mais luxuosos de Lisboa. Um dos oradores proferiu a palavra "factores-chaves" seis vezes durante uma intervenção de 30 minutos. Eu adormeci três nas duas horas que lá estive;  
 
- Precisamente duas semanas depois de entrar no infantário, foi a primeira vez que Baby Caco não chorou intermitentemente no percurso de casa até lá;
 
- Comprei um blazer branco de tombar de lindo na Zara da Fontes Pereira de Melo;
 
- Os morangos do Pingo Doce da 5 de Outubro são top;
 
- Para quem liga à piroseira do Dia dos Namorados, a Tiger tem uns postais onde é possível gravar uma mensagem de voz. Custam 4 euros e sou forçada a admitir que têm alguma graça;
 
Ainda sobre o ponto 2, sou só eu que sinto uma certa tensão sexual entre os pais quando vão deixar as crianças no infantário?
 
Se calhar sou...

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Coisa mai linda da mãe!


A Adidas acaba de lançar as Adidas YEZZY com a assinatura de Kanye West, recentemente apresentadas na New York Fashion Week. Quer-me parecer que isto é um modelo um bocado masculino mas, por mim, em podendo, calçava-as já amanhã e desatava a pavoneá-las por aí fora, enquanto partia corações à bruta.
 
Diz que o modelito está à venda a partir de dia 14 deste mês e vai ter uma edição exclusiva de 9 mil exemplares pela módica quantia de 350 dólares.

Não são de se comer? Lindas, né? Menina gosta.




quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Não contem comigo.

 
Pode ter carisma até tombar, um raciocínio de génio, uma clarividência estonteante, mas não contem comigo para fazer parte da comitiva feminina que acha este homem sexy.
 
Diz que tem por hábito recorrer à poesia para passar a mensagem e sobre isso, sim, reconheço que soma alguns pontos. Já o facto de ser motard, vestir jeans e roupa de couro, por mim, até me podia aparecer com o outfit mais cool do universo e umas Stan Smith nos pés que não consigo vislumbrar um átomo de atractividade de cariz sexual nesta criatura.
 
A bem da verdade, o novo ministro das Finanças grego, que dá pelo lindo nome de Yanis Varoufakis, só me faz lembrar o meu vizinho do 2º direito. Aquele que trabalha na Base Aérea, que diz que a relva do jardim é comichenta e que tem conversas com um grau de interesse sublime, como esta que vos contei aqui.     

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

10 coisas úteis que descobri desde que Baby Caco nasceu.


1 - As pancas vão com a mesma rapidez com que vêm: estive três semanas e meia sem lavar o cabelo a Baby Caco (sim, agora que passou, já posso dizer isto) porque tinha pânico do banho. Actualmente, só não me desfaz as têmporas com um taco de baseball até o enfiar na banheira porque não tem nenhum à mão;
 
2 - Não há remédios para as cólicas. Experimentei tudo o que havia no mercado e até mandei vir de lá de fora. Esqueçam. Não há mesmo nada a fazer além de os abanarmos compulsivamente enquanto sofremos com eles;
 
3 - Passando aqueles primeiros dias de vida em que parecem que têm a pele a desfazer-se, não é preciso pôr creme hidratante na pele dos bebés. Nunca pus e Baby Caco parece feito de veludo;
 
4 - Quando se deitarem no chão a gritar até porem toda a gente num raio de dois quilómetros a olhar para nós, riam-se, deixem-nos espernear e façam de conta que trouxeram à rua o filho da vizinha malcriada. Nada que possam vir a fazer vai mudar a situação;
 
5 - Habituem-se a deixar de fazer jantar para vocês e a comer as sobras. Já perdi a conta aos restos de suissinhos, iogurtes líquidos, sopa fria e massa com carne que actualmente compõem o meu regime alimentar;
 
6 - Os supositórios enfiam-se com a parte mais grossa primeiro;
 
7 - Eliminem das vossas vidas tudo o que sejam séries, novelas e serões de cinema, a não ser que estejam dispostos a assistir enquanto uma criatura de 12 quilos vos amassa a cabeça em pancadas contínuas com um comando de televisão;
 
8 - Não há nada mais desesperante do que tentar mil e uma maneiras de dar um xarope a um bebé quando ele não o quer tomar. Quer dizer, há. É quando finalmente o conseguimos dar e ele vomita-o em cima do sofá que nos custou os olhos da cara; 
 
9 - Se pensam que ir com ele às vacinas é o pior programa das vossas vidas, esperem até ao dia em que terão de o deixar no infantário;
 
10 - Quando eles não querem dormir é porque não querem mesmo. Esqueçam a música do leãozinho, a história do gato Alfredo ou aquele embalo ritmado das vossas mães. Convençam-se de que, se ele quiser, vão mesmo ficar horas a fio a ver a Baby TV. 

#Cenas caseirasXXX.


Bem sei que este título pode levar-vos a pensar que vou comentar o assunto do momento, mas não. Não vos vou falar  das "50 Sombras de Grey". Tirem daí o sentido que por aqui também não vão encontrar vídeos caseiros com rebaldarias e patuscadas ao estilo "tudo ao monte e fé em Deus".
 
Este post é bastante mais naif. É só para dizer que Baby Caco anda com tosse e eu ando a fazer-lhe um xarope de cenoura com açucar, cujo resultado prático tem sido praticamente nulo.  Atenção que me estou a referir ao resultado nele, porque no que me toca a mim, acredito que o facto de ficar com pena de deitar o raio da cenoura ao lixo e acabar a comê-la carregadinha de açucar, deve ser coisa bem boa para - continuando alarvemente a este ritmo - começar a dar frutos lá para o Verão.
 
Vai daí, há alguma vivalma que por aqui ande que conheça outra mezinha menos calórica para tirar a tosse a uma criatura de dois anos?
 
Nota de rodapé: Bem sei da história dos McCann e o carago e da outra desgraçada que abandonou o filho na Madeira, mas não vale a pena chamarem a Comissão de Protecção de Menores. Refiro-me à tosse verdadeira*.
 
* expiração repentina e ruidosa do ar contido nos pulmões, provocada pela irritação das vias respiratórias.    

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Bem sei que nunca o mostro, mas acreditem...


... que não é para me gabar, mas o meu filho é liiiiiiiiinnnddddddoooooo.

Só para avisar que...


... nos próximos dias, a contar a partir de agora, informo todos os apreciadores das temáticas em baixo, que podem pegar nas botas e ir pregar noutra freguesia porque neste blogue não vão encontrar:
 
a) sugestões de trajes de Carnaval para bebés (Miss Caco não vê grande interesse em enfiar as criaturas em roupas ridículas em que mal se conseguem mexer, sem que elas percebam sequer o que estão ali a fazer);
 
b) ideias de prendas para o Dia dos Namorados (Miss Caco detesta efemérides que a obriguem  a festejar só porque sim);
 
c) comentários ao jogo de ontem (não porque não queira, mas simplesmente porque Miss Caco não percebe um chavelho de futebol. Mas, calma com o andor... pelo menos sei que aquilo foi um "derby"... o que quer que isso queira dizer... ).  

#Então e o que é que eu acho do AQSD?


Estou um bocadinho a leste, mas quer-me parecer que ontem terá sido a primeira vez que a Diana Chaves conduziu este programa, isto porque já vi por aí alguns comentários nas redes sociais.
 
Não sei se vos interessa saber, mas sobre isto e sobre o programa, tenho a dizer o seguinte:
 
- A ser verdade que era a primeira vez, a Diana esteve lindamente. Atrapalhou-se um bocadinho ao começar as questões que fez ao bailarino do "So you think you can dance", com a repetição da bengala "So, you... blá, blá...", mas, de resto, achei-a bastante segura e à vontade. A verdade é que não esperava tanto dela;
 
- Não percebo bem a euforia do mulherio pelo Cortés (sim, podem começar a vergastar-me). Mais depressa acho graça ao outro jurado, que tem ar de quem se está a cagar para esta merda toda e que ainda não decorei o nome;
 
- A Rita Blanco deve perceber tanto de danças, como eu da apanha do mexilhão, mas who cares? Aquela mulher é um must, mesmo que tivesse de opinar sobre o agro-ecossistema da cultura do milho verde;
 
- O programa é brutal e se algum dia um filho meu me aparecer à frente a fazer metade do que vejo aquela miudagem para ali a fazer, podem começar a despedir-se de mim porque o desfecho só poderá ser um:
 
(...)
 
morro.     

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A morrer por dentro.


Escrevo este post com o coração mais amassado do que um chapéu de um pobre. Já devem ter reparado que aqui o estaminé anda um bocado ao abandono e isto também tem a ver com o facto de ter chegado o momento que andava a temer há algum tempo.

Baby Caco entrou no infantário há dois dias, com dois anos acabados de fazer. E se eu pensava que metia férias esta semana, fazia a transição devagarinho e na próxima segunda-feira ia trabalhar com a adaptação feita e tudo a correr lindamente, já me desenganei.

A coisa correu benzinho no primeiro dia, mais ou menos no segundo e pessimamente hoje. Tive de vir trabalhar por causa de uma reunião importante e por isso, ao terceiro dia, foi a ama a levá-lo. Parece que não largou as pernas dela e fartou-se de chorar.

As educadoras lá trataram de a pôr a andar e agora estou aqui de coração apertadinho e com uma angústia hercúlea, a segurar-me para não pegar no carro, entrar por ali a dentro, trazê-lo nos braços, enchê-lo de mimos e telefonar para o infantário a cancelar a inscrição.

E dizia eu que ninguém aguenta levar um bebé às vacinas. Coisa de meninos, perto disto. Nem quero imaginar no dia em que ele tiver o primeiro desgosto de amor. Se bem que nessa altura haverá sempre uma solução bem mais simples e que certamente passará por...

(...)

... acender uma fogueira e matar a desgraçada.