sexta-feira, 30 de maio de 2014

Nem tudo está perdido.


Atenção, pessoas em geral.


Não quero ir de fim de semana sem vos dizer que eu - e certamente a maioria dos vossos amigos do facebook - não estou minimamente interessada em saber que criatura mística, animal, automóvel, bibelot ou que cidade é que foram na outra vida, nesta, na próxima reencarnação ou em terras do além.

Na verdade, pior do que isto só os convites para o Candy Crush ou para ir regar os tomates à quinta virtual. Convençam-se de que os vossos amigos não precisam que lhes enfeitem o mural. Se eles quiserem uma nova decoração, podem sempre comprar revistas para ver como se faz ou ver o "Querido Mudei a Casa", agora, para quem não sabe, na TVI.

Posto isto, vou desligar o computador e seguir a minha vida convicta de que já fiz a boa acção de hoje, o que também me leva a crer que, certamente, na outra vida, só posso ter sido um anjo.

O meu melhor presente.




Se ainda não viram este vídeo, sentem-se e preparem uns pacotes jeitosos de lenços porque certamente vão precisar. A Electrolux teve a brilhante ideia de criar esta história intitulada "O melhor presente" para chegar ao fundo do coração dos clientes, sendo que, no que toca a Miss Caco, estão de parabéns porque foi certinho na mouche.

Verdade seja dita, não vou a correr comprar um frigorífico (até porque acabei de fazer essa aquisição, como podem constatar uns posts mais abaixo), mas certamente fiquei a achar que a Electrolux é uma marca fofinha, merecedora do nosso carinho.

Pois, para quem ainda não viu, este vídeo é sobre um momento marcante na vida de qualquer jovem: a saída da casa dos pais. No caso de Miss Caco, o acontecimento deu-se aos 17 anos quando foi estudar para uma universidade numa cidade próxima. A minha história não envolveu marmitas, nem aviões (espera... sim, há uma altura que também mete aviões) e a protagonista nem sequer é a mãe.

O papel principal cabe ao pai de Miss Caco, um senhor reservado, pouco expansivo no que toca a sentimentos, apesar de, no fundo, ser um homem muito sensível.

O vídeo fez-me  fazer um rewind na história da minha vida e viajar até ao primeiro dia de aulas no ciclo, depois de ter mudado de cidade, acompanhada por ele. Eu levava uma roupa nova, uma espécie de camisola de alças que se punha em cima de uma camisola dita "normal", com umas letras estampadas que formavam a palavra "breakdance" e tinha umas luvas pretas, sem dedos. Aquilo pareceu-me suficientemente cool para me ajudar a esconder a timidez e os receios que aquela mudança me causou.

Pai Caco levou-me até à porta da escola, sempre em silêncio (eu disse que é um homem reservado) e despediu-se com um: "Até logo. Cá estarei para te vir buscar". E assim foi. Ao fim do dia, lá estava ele, colado às grades da escola para me levar para casa.

Não me lembro se perguntou como correu o dia, mas recordo bem o sentimento de segurança a que sempre me habituou, fosse nas noites em que estava doente e ele se sentava na borda da cama com a embalagem azul de Vick Vaporub; fosse durante os momentos que antecediam as injeções de penicilina ao sábado de manhã (sim, era ele que as administrava porque tinha sido enfermeiro na tropa e eu passei a infância a penar com amigdalites); ou quando, antes do teste de condução, me punha ao volante do seu carro e ficava, pacientemente, a dar instruções no banco ao lado, numa altura em que eu tinha  pesadelos só de  pensar no ponto de embraiagem.

Aos 17 anos entrei na faculdade e fui estudar para outra cidade. Todos os domingos, ao fim do dia, era ele que fazia 100 quilómetros para me levar até ao apartamento que partilhava com colegas. As viagens seriam certamente com muito silêncio à mistura, mas eu sabia que as fazia de bom grado.

No dia 8 de Fevereiro de 1999, Miss Caco, acabadinha de completar 25 anos,  foi viver para Paris, ao abrigo de uma experiência profissional que me fez ficar um ano nessa cidade. Pai Caco acompanhou-me ao aeroporto e levou-me as malas até ao check-in. Não me lembro se dessa vez também levava roupa nova, mas sei que a ansiedade e os nervos da mudança de vida fizeram-me chorar durante toda a viagem.

Recordo que o bilhete era de ida e volta, com data marcada para daí a um mês (era mais barato do que comprar só ida) e quando me despedi, disse-lhe: "Não te preocupes que se a coisa correr mal, daqui a 30 dias estou cá" e sorri para disfarçar os nervos que me consumiam.

Nesse ano, o meu pai não estava lá para me ir buscar, mas falava comigo ao telefone quase todos os dias. Foi, aliás, esta experiência de vida que me fez aproximar dele, conhecê-lo melhor, estando eu já numa fase adulta.

Alguns anos depois, foi a ele que, entre soluços e numa choradeira sem fim, desabafei um arrebatador desgosto de amor e foi dele que ouvi o habitual lugar comum de que "a vida continua e que o tempo apaga as mágoas". Assim foi. A vida de facto continuou e o tempo fez o seu trabalho.

Hoje vivo noutra cidade, desta vez a 300 quilómetros de distância, e também falamos com frequência. Não me prepara marmitas, nem me espera à saída do trabalho, não me faz surpresas porque vão contra a natureza de um homem que, ao contrário da filha, tem estados de espírito muito pouco flutuantes, mas sei que só nele é que consigo ir buscar aquele sentimento de segurança que me acompanha desde que me lembro de existir.

Sei que a ele posso sempre recorrer. Sei que com ele posso sempre contar. Não me lembro de algum dia não me ter atendido o telefone ao primeiro ou segundo toque. É ele que me avisa da inspeção do carro, dos prazos para o IRS, está em cima da próxima mudança de óleo ou se já paguei o IMI. Ainda que a nossa relação não tenha grandes surpresas, é, naturalmente, das uniões mais sólidas e puras que tenho na vida.

É certo que um dia vou sentir a falta deste amor incondicional e previsível, deste apoio que está sempre ali ao fim do dia, ou até do bolo de iogurte que, apesar de não ser o meu preferido, está religiosamente à minha espera quando o visito nas noites de sexta-feira. 

Vendo bem, Electrolux, se calhar não há presente melhor do que este.


Miss Caco é a menina à esquerda, com o vestido da moda. Pai Caco ao centro e irmã Caco à direita.

Põem-se a lavar a roupa a 90º e depois dá nisto.


Isis Valverde: "Não sei o que deu na Dulcineia p´ra deixá a blusa nessi estado... Vendo bem, até foi bem bolado que agora tod´o mundo tá comentando, né?".

Baby Caco quer!!

 
Mentirinha. Baby Caco, felizmente, ainda não faz este tipo de exigências. Até ver, as suas vontades passam por gritar até mudarmos de canal, gritar até o pegarmos ao colo, gritar para lhe chegarmos as bolinhas que caíram para baixo do móvel da sala, ou gritar até lhe darmos duas bolachas, uma para cada mão. Coisa pouca, portanto.
 
Na verdade, Miss Caco é que ficou a babar com este carro de brincar com a assinatura de Nika Zupanc, uma designer eslovena que também faz outras coisas bem giras como podem ver mais abaixo.
 
O mini-carro existe nestas cores lindas de morrer, cujo preço desconheço, mas que, pelo ar, deve ser igualmente de falecer. 




 
Por cá, vi um relativamente parecido com este na loja da Imaginarium do Forum Montijo, mas que não há maneira de o encontrar no site. Durante a pesquisa, descobri este aqui em baixo, que não é bem a mesma coisa, mas ficava igualmente lindo nas mãos de Baby Caco. Para quem aprecia, custa 79,95 € e está à venda na Imaginarium.  
 
 
 
Já Miss Caco,  ficava bem servida se levasse uns candeeiros da mesma designer que são um amor de lindos, como podem constatar. Para verem outras criações da autora, é só entrarem aqui.




 

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Pára tudo!!

 
Como já todos sabeis, Miss Caco está em cima de tudo quanto é novidade. Desta vez, falo em concreto para o mulherio que anda pelos 40 anos e também para os que precisam comprar presentes à mulherada que não caminha para nova.
 
Atenção, meninas, podem sentar-se, pegar no telemóvel, anotar o nome disto de que vos vou aqui falar e correr até à farmácia mais próxima, antes que esgote.
 
Pois então fiquem a saber, em primeiríssima mão, que chegou a Portugal um produto absolutamente revolucionário que anda a deixar o mulherio louco varrido por esse mundo fora.
 
Estou a falar-vos do IÓ TOO BEE, um creme comercializado pela IÓ Skincare, uma marca de cosmética italiana, com composição à base de veneno de abelha. Sim, ouviram bem. Esqueçam a baba de caracol. Falo-vos de veneno de abelha, que é o que anda a fazer furor junto de estrelas internacionais como Kate Middleton, Michelle Pfeiffer, Gwenyth Paltrow, Victoria Beckman e outras que tais. Podem fazer uma rápida pesquisa pela net que encontram vários artigos como este  ou este para perceberem melhor do que vos falo.
 
Pois então, o dito do produto está acabadinho de aterrar em terras lusitanas e Miss Caco já foi a correr comprar. Investigou junto de uma amiga italiana e, segundo consta, por lá, anda tudo a banhar-se nisto. Atenção que estamos a falar de um bio-cosmético anti-idade, para mulheres acima dos 40, composto pelas propriedades antioxidantes do veneno de abelha que produz aquilo que designam como "efeito natural de Botox".
 
Basta aplicar no contorno dos olhos e lábios e dá-se "um efeito de renovação celular, conseguido com base nas propriedades relaxantes musculares, asseguradas por substâncias como a apamina e a melitina que estimulam a produção de colágeno novo". Para os leigos nestas matérias, isto não quer dizer grande coisa, mas posso adiantar que tem ingredientes mais familiares como  manteiga de karité e extrato de líchia que ajudam a pele a ficar mais lisa e uniforme.
 
Os produtos que compõem a gama da marca (limpeza de pele, hidratantes, exfoliantes, refirmantes, drenantes e muitos mais acabados em antes)  são todos cosmecêuticos (ramo especializado da ciência cosmética, inspirado em metodologias farmacêuticas na selecção de princípios activos)   e combinam a biotecnologia com ingredientes naturais retirados das plantas e do mar.      
 
Agora vamos ao que não é menos importante: o IÓ TOO BEE custa 79,90 €. É certo que não é pechincha, mas dura imenso tempo e não é caro se pensarmos que ajuda a evitar que, um dia destes, a coisa já esteja tão má que a solução seja enfiar uns bisturis pelos olhos a dentro.
 
Pronto. Agora larguem tudo o que estavam a fazer e corram. As farmácias também estão abertas na hora de almoço.
 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

A estrela pop do momento.


A capa da Time Out de Nova Iorque deste mês é dedicada a Stromae. Para quem ainda não ouviu falar, Stromae (pronuncia-se strómai) é o nome artístico do cantor e compositor belga Paul Van Haver que anda a bombar há já algum tempo no mundo do hip hop e da música eletrónica.

O tema que o catapultou para a fama foi "Alors On Danse", que permaneceu em primeiro lugar durante várias semanas pela Europa fora, foi produzido por Kanye West e teve mais de 60 milhões de visualizações no youtube. Para quem não está bem a ver qual é, pode recordar aqui, desde que não se importe que isto lhe fique a bombar na cabeça até ao Natal.

Mas, "Who the hell is Stromae?", perguntam vocês. Miss Caco, que não quer que vos falte nada, responde: Stromae é filho de pai ruandense, mãe belga e nasceu em Bruxelas há 29 anos com o nome Paul Van Haver. Surgiu como rapper "Opmaestro", mas mudou o nome artístico para Stromae. Esta alteração baseia-se no verlan (gíria praticada pelos jovens da periferia de Paris que consiste na inversão das sílabas das palavras, neste caso aplicada à palavra "Maestro").
 
O estilo é uma mistura de hip-hop e música electrónica, com pitadas afro. O álbum "Racine Carrée", lançado no ano passado, conquistou oito discos de platina na Bélgica, foi nº 1 em vários países da Europa e o mais ouvido em França, onde vendeu mais de 1 milhão e meio de cópias, sendo que uma delas foi para o ex-presidente Nicolas Sarkozy, fã assumido. Consta que o primeiro ministro belga ofereceu o CD a Barack Obama e que a Casa Branca anda a fazer altas raves com este som.
 
Miss Caco aprecia e já anda de olho no moço há algum tempo. Oiçam agora "Papaoutai" (où est ton papa?) a música que integra o álbum e que dizem ser autobiográfica. A letra baseia-se no pensamento de um miúdo perante a ausência do pai (Tout le monde sait  comment on fait des bébés mais personne sait comment on fait des papas). Stromae é filho de um arquiteto belgo-ruandês que viu poucas vezes e que estava em Ruanda na hora errada:  foi morto nos massacres étnicos em 1994.
 
"Ah, mas ele tem alguma formação musical ou anda para ali a entreter-se enquanto toca umas cenas?". Miss Caco esclarece: Stromae é formado pela Académie Musicale de Jette, em Bruxelas, onde se licenciou em História da Música e aprendeu a tocar vários instrumentos.
 
Espero que tenham apreciado este momento melómano.

Stromae, filho, se me lês, fica  a saber que aos meus olhos, és formidable!

A este, era capaz de me render.


Quem me conhece sabe o quanto adoro o meu carro, mas reconheço que a nova criação do Google também não é de se deitar fora.
 
O protótipo foi apresentado ontem pelo Google no seu blogue, é pequeno, de linhas curvas, não tem volante, acelerador ou travão e dá para dois passageiros. É totalmente autónomo, sem necessidade de condutor, isto é, podemos ir ali sentadinhos a pôr o sono em dia ou a apreciar a paisagem, e actua com base num software e sensores. É certo que não ultrapassa os 40 km/hora, mas convenhamos que, para passeio, serve perfeitamente.
 
Ainda não sei onde é que Miss Caco enfiaria as malas, mas que é um amor, lá isso é. Cusquem tudinho aqui.

Tenho impressão que...


... o consumo de opiáceos desceria consideravelmente, em particular entre as 23h30 e a meia-noite e meia, se os consumidores tivessem conhecimento do que se passa no ecrã do Baby First por essa altura.

terça-feira, 27 de maio de 2014

A odisseia do frigorífico

 
 
O frigorífico lá de casa avariou. Marido Caco tem um amigo que trabalha numa marca de eletrodomésticos e como consegue melhores preços pedimos-lhe os modelos disponíveis. Perdemos um ou dois dias a ver os modelos na Worten e lá escolhemos o eleito. Marido Caco tratou do resto e ontem foi o dia da transportadora o entregar.
 
Prestes a chegar a casa, recebo um telefonema de Marido Caco:
 
- Temos um problema...
- Hummm... Então? (enquanto via a minha vida mal parada).
- O frigorífico não cabe na porta da cozinha...
- COMO NÃO CABE???? Estás em casa?
- Não, ainda não cheguei...
- Então se não estás em casa, porque raio é que só te lembraste da questão das medidas AGORA?!!?
- Estava aqui a conversar com o António (nome fictício do amigo dos electrodomésticos), pedi à ama para medir a largura da porta, e chegámos à conclusão de que não cabe....
- Então e agora!!?!
- Vamos ter de encontrar uma solução...
(Miss Caco desliga o telefone e começa a espumar).
 
Chego a casa, constato que o frigorífico é realmente enorme, entro em pânico e decido que é melhor fazer o jantar, enquanto Marido Caco fica na sala a telefonar para tudo quanto são transportadoras e afins, a tentar resolver o granel.
 
Eu, à volta do fogão e a fazer de conta que não ouvia a conversa para não me enervar, ia alternando entre chorar, enquanto cortava a cebola, ou rir com o ridículo da situação. Depois, voltava a não achar graça nenhuma, assim que o ouvia falar no aluguer de gruas para enfiar o dito cujo pelo terraço. 
 
Para desanuviar, enviei sms à cunhada a relatar o sucedido e a comentar os 130 euros da grua que tinha acabado de ouvir e que, a bem da verdade, compensavam o que tinha poupado na compra, ao que ela respondia: "Bem decorado, se calhar até ficava bem no hall de entrada..." E eu ficava a imaginar o frigorífico com um naperon em cima, um jarro com sardinheiras artificiais e um cão, daqueles que abanam a cabeça. E voltava a rir até ouvir o orçamento seguinte. 
 
Uma hora depois, Marido Caco entra na cozinha a dizer que era preciso arranjar umas cintas "daquelas que usam as transportadoras". Eu respondo: "Então mas quem é que tem isso, sem ser as transportadoras?"... Ele: "... Qualquer camionista...". Eu: "Não há um camião que está sempre parado aqui ao fundo da rua? Temos de ligar para o pai da Jacinta (nome fictício da ama de Baby Caco) e perguntar se conhece o homem para as pedir emprestadas..."
 
Marido Caco (sempre solícito): "Então liga".
 
Miss Caco ligou e minutos depois tem o pai da ama a entrar pela casa a dentro, com o Zé da carpintaria, o Quim que faz biscates e o Alberto que trabalha nos alumínios. Todos e uma corda. O certo é que, meia hora depois, o frigorífico estava dentro da cozinha.
 
E pronto. À custa disto, o balanço de ontem foi: Viver na vila - 1;  Viver na cidade - 0.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Constatação de fim-de-semana.


Percebemos que continuamos lamechas - como sempre - quando damos por nós a emocionarmo-nos com o espetáculo dos golfinhos, no ZOO de Lisboa, enquanto a maior parte da audiência ri à gargalhada. 
 
Mesmo quando passamos metade do tempo a correr atrás de Baby Caco, que acha muito mais divertido escalar as bancadas da assistência do que perder tempo a apreciar acrobacias.

Aquele momento...


... em que olhamos para uma foto do nosso filho, tirada ontem, e parece-nos que cresceu desalmadamente? E depois olhamos para ele, ainda a dormir, e vemos um rapazinho enorme que, se estiver com as pernas esticadas, já ocupa metade da cama?
 
Baby Caco faz esta semana 16 meses e está a transformar-se num menino. Ainda só diz "mamã" (mesmo que ainda não associe a palavra a Miss Caco) e alguns sons que, para os comuns dos mortais não querem dizer rigorosamente nada, mas já está um menino.

Gosta de passear pela casa com duas bolinhas pequenas, uma em cada mão, que não larga nem para adormecer.

Baby Caco está um menino pequenino. Um menino que ainda não é rapazinho, mas que está a ficar cada vez menos bebé.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Por mim, o cor de rosinha funcionava melhor, mas isto sou eu.


Os agentes da PSP vão passar a usar um novo fardamento, integrado num processo de mudança de imagem que custará seis milhões de euros por ano, a partir de 2015 e durante três anos, o que dá a módica quantia de 18 mil euros (coisa pouca). 
 
As fardas deixarão de ser totalmente azul escuras, uma cor que segundo um alto quadro da PSP "não conferia interacção entre polícia e cidadão", passando agora a incluir azul turquesa, também conhecido "como azul ciano, parecido com o celeste". Assim sendo, segundo as relações públicas da PSP, a polícia passará a ter um ar mais jovial, "deixando de estar dominada pelo azul marcial" (tadinhos... estavam subjugados pelo terror do sacana do azul marcial... aposto que com correntes e tudo).
 
A apresentação teve direito a passagem de modelos com agentes a desfilarem a nova farda, enquanto outros percorriam a passerelle com a farda antiga para se perceber a diferença. Miss Caco não foi convidada, mas juro que pagava para ver.

Segundo a consultora de imagem responsável pela mudança, este novo azul ciano, que é parecido com o celeste, "além de resistir a várias lavagens, torna a silhueta mais atlética e acentua a proximidade da PSP com os cidadãos, tornando os agentes mais amigáveis".
 
João Moura, comissário da PSP, remata dizendo que "o agente que veste azul celeste é quase obrigado a sorrir" e não tem dúvidas sobre "o impacto psicológico que causa nos prevaricadores".

Ehhhhh lá!!!! PÁRA TUDO!!!!! É aqui que temos de dar o braço a torcer. Nisto, meus amigos, está carregadinho de razão.
 
Miss Caco concorda que a primeira coisa que um prevaricador vai pensar quando lhe passar pela cabeça a ideia de prevaricar, será: "Uuiiiiiii, deixa-me já tirar esta ideia absurda de cometer este acto hediondo... Vou é ficar aqui a descansar os olhinhos, enquanto desfruto deste maravilhoso tom de azul ciano que, vendo bem, é mais parecido com o celeste, e que me está a dar uma vontade enorme de enviar um pedido de amizade a este agente pelo facebook".
 
E é nesta altura que o agente se aproxima e diz:
 
- É você que estava a pensar prevaricar?
Prevaricador - Desculpe senhor agente, só podia estar doido com essa ideia absurda. Na verdade, não consigo deixar de admirar o seu porte atlético e esse tom de azul faz-me sentir tão próximo de si... 
Agente (sempre a sorrir): - Confesso que o seu olhar lascivo também não me desagrada... 
Prevaricador - Senhor agente, estaria disposto a cometer uma loucura comigo, na próxima quarta-feira, logo de manhãzinha, num motel jeitoso que abriu ali para os lados da Amadora? Uma coisa discreta, que tem uns quartos giros com uns varões brilhantes e jacuzzi interior?
Agente - C´o diacho!!! No próximo sábado? Não pode ser antes? É que nessa altura não me dá jeito nenhum... vou estar a separar tampinhas...  

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Diálogo da Captura do Ano


É que estou mesmo a ver a conversa entre o Palito e o agente que o prendeu, enquanto comia uns caracóis, assistia ao Preço Certo e tentava ligar para a TVI a ver se lhe saiam os dois mil euros que sorteiam esta semana:

- Com que então, senhor Baltazar, anda meio mundo atrás de si e você aqui sentadinho a palitar os dentes, hein?
- Eu não tenho culpa, senhor agente.
- Não tem culpa? Há testemunhas... E das boas.
- É certo que ela andava a atazanar-me, mas a culpa é do Adolfo.
- Do Adolfo?
- Sim. Por mim, dava-lhe só umas catanadas ou deitava-lhe abaixo uma perna, mas ele insistia que estava na hora de matar (*). Eu limitei-me a obedecer...

(*) Breve referência que demonstra que Miss Caco domina a actualidade musical.

Há que dizê-lo com frontalidade.


Caros directores de marketing de empresas que comercializam produtos direccionados para o público masculino, não sei do que estão à espera para descobrirem quem é o portento de mulher que faz a locução dos avisos sonoros da CP.
 
Ela até pode ser um camafeu, mas aquela voz sedutora e inebriante é capaz de vender dez quilos de bife da pá e acém a quem foi vegan toda a vida. Juro que quando a ouvi na sexta-feira passada, na Gare do Oriente, a dizer (num tom que tinha tanto de melado como de misterioso): "Está a dar entrada na linha 1 o Alfa Pendular com destino ao Porto", fiquei capaz de jurar que os homens que estavam na plataforma ponderaram perder o comboio só para perceber de onde é que vinha aquela voz.
 
Aliás, estou certa de que, se logo a seguir, ela dissesse: "Peguem já nas vossas malas e dirijam-se, em pelota, à sala de espera do piso zero para nos ficarmos a conhecer melhor", até Miss Caco era menina para se desgraçar e, pelo menos uma vez na vida, ficar a perceber o que é que a Ellen Degeneres viu na Portia. Ou melhor, o que é que a Portia viu na Ellen.

terça-feira, 20 de maio de 2014

TOP 15 + Rainha da Noite by Miss Caco


Calma, minha gente. É certo que a análise de Miss Caco às toilettes dos Globos de Ouro vem um pouco tardia, mas, além de não me pagarem para isto (por enquanto), o frigorífico avariou e tenho um filho pequeno para criar.
 
Ora, já está tudo com as agulhas em riste? Então, cá vai:
 

Alexandra, o tapete do IKEA é quentinho, sim senhora, mas não passa disso mesmo: um tapete.

 
Ana Isabel, não era preciso ires buscar a bandolete, que usaste no desfile de Carnaval da Barra da Tijuca do ano passado, e enfiá-la ao pescoço. O resto bastava.

 
Ainda estou para perceber como é que a Ana Marques conseguiu levar o vestido tal e qual como saiu do armário, ainda pendurado no cabide... É que nem um vinco! Impecável!

 
Ana Paula, eu avisei-te que coser o edredon ao mosquiteiro não ia dar bom resultado... 

 
Olá, eu sou a Solange. Faço massagens, unhas de gel e, em horário pós-laboral, frequento uma formação especializada em madeixas. Se me quiseres encontrar, procura-me na página de anúncios do Correio da Manhã.

 
Tenho uma cigana que é muito minha amiga. De maneiras que pedi ao Rubim para passar na feira de Espinho e trazer emprestado o vestido que ela mandou fazer para o casamento da filha. Tirei-lhe o cinto com lantejoulas, para dar um look moderno, e ficou perfeito.

 
Se é pra partir a loiça toda, então vamos a isto! Sempre quero ver se há mais alguém vestida de galinha-da-índia...

 
Eu sabia que ia encontrar outra oportunidade para usar o vestido de casamento.

 
A casa ardeu e pouca coisa sobrou. A prima Adelaide, que é um ás na costura, juntou o resto dos cortinados da sala à camilha que estava no quarto e o resultado foi este arraso.

 
É aqui que fazem o casting para o "FreakShow"?

 
Eu também tenho uma amiga cigana.

 
Seis passos sobre "Como ir às festas sem ter roupa para vestir":
 
1 - Pega-se num  lençol com um estampado bonito.
2 - Enfia-se-lhe um elástico na ponta.
3 - Veste-se a primeira coisa que aparecer (não é necessário perder muito tempo a escolher porque fica por baixo e pouco se vê).
4 - Calça-se uma sandalucha bonita (pode ser daquelas de plástico com brilhantes que se encontra facilmente num chinês. Tem é de ser confortável).
5 - Escolhe-se uma pochete a condizer.
6 - Pede-se boleia ao vizinho taxista que mora no rés-do-chão.

 
O meu namorado foi à Tunísia. Bebeu uns chás, andou de camelo e trouxe-me isto. A aplicação nos ombros fui eu que pus, para dar um toque original, mas, pensando bem, acho que ficava melhor no reposteiro...


Agora de costas, para verem o efeito.


Ora vamos lá ver, quem adivinha o que é que eu meti  por baixo das copas do soutien, hein?!?

 
Óh Zé, (enquanto masca chiclete), isto realmente é o máximo, carago! Nunca bi tanto holofote na bida! Ri-te homem, ri-te! Depois bámos ali fazer uma selfie só pra meter no facebuke, está benhe? 
 
Adenda de última hora:
 
 
Menos, Oceana, menos...
 
Por último, o Globo de Ouro para Rainha da Noite by Miss Caco vai para:

 
Mariana, tu diz-lhes como se faz, rapariga.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Olh´á família mai linda!!!

 
 
Olhem só que coisa mai linda para oferecer na festa de anos do avô, no aniversário de casamento, no baptizado do afilhado, porque fizeram asneira e precisam garantir roupa, mesa e cama lavada ou, simplesmente, só porque sim.
 
Isto que vêem aqui em cima é uma família reproduzida em material reciclado, construída de forma artesanal, com personagens pintadas e moldadas à mão, e é dos presentes mais amorosos e originais que me passaram pelas mãos nos últimos tempos.
 
Podem mandar fazer apenas uma figura ou vários membros da família, com gatos e periquitos incluídos. Uma personagem custa 35 €, ao que acresce 30 € por cada adulto extra, 25 € por criança e 20 € por animal. Há descontos no caso de serem mais do que três elementos e também para famílias numerosas.
 
Vejam só aqui uns exemplos e digam lá se o resultado não é um amor: 

 


Para saberem como funciona, podem consultar tudo aqui.

Nota: A família Caco não está retratada em nenhum destes exemplos. Até ver.